A Semana Farroupilha se trata de um movimento que celebra a tradição gaúcha. Durante esse período são organizados muitos locais para festejos, iniciativas do comércio, dos serviços públicos, bem como de instituições financeiras e industriais. Dessa maneira, os eventos transcendem o próprio Movimento Tradicionalista Gaúcho e mobilizam todo o estado.
A semana remete a Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos ou Decênio Heroico, que aconteceu entre 1835 e 1845. O conflito eclodiu durante o amanhecer do dia 20 de setembro de 1835, quando Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha liderando homens armados. A data e o fato ficaram marcados na história como o início de uma das maiores revoltas brasileiras.
O estado possuía um longo histórico de lutas entre portugueses e espanhóis. Dessa forma, quando as disputas terminaram, as lideranças locais esperavam um incentivo ao crescimento econômico do Sul como retribuição às famílias que lutaram para defender o país. No entanto, não foi isso que aconteceu. O governo, além de frustrar essa expectativa, passou a cobrar altas taxas sobre os produtos do Rio Grande do Sul. Dessa maneira, os impostos reforçaram os ideais liberais, federalistas e republicanos que estavam crescendo na região e foi uma das principais causas por trás do movimento revolucionário.
As comemorações da Semana Farroupilha, até 1994, aconteceram de forma facultativa. Contudo elas ganharam um incentivo a mais a partir do ano de 1995, quando o dia 20 de setembro tornou-se feriado. A oficialização aconteceu a partir do decreto N.36.180 e veio sobre a prerrogativa da importância da data.
A celebração movimenta todo o estado. O Acampamento Farroupilha, que acontece novamente de forma presencial em 2022, servirá 400 toneladas de churrasco durante a semana, devido ao fluxo de participantes. No entanto, mais do que movimentar o setor econômico e cultural, as comemorações mexem com o imaginário popular. As tradições buscam preservar as coisas boas do passado, sem entrar em conflito com o progresso, reforçando a identidade e o senso de pertencimento, sobretudo, dos mais jovens.
Com tanto significado por trás dessa semana, é claro que o Colégio João Paulo I não ia ficar de fora. Com direito a carreteiro gaúcho, trajes pilchados e muitas atividades culturais, os alunos embarcaram em um verdadeiro passeio pela cultura gaúcha. Protagonizaram até uma roda de conversa sobre a importância da tradição gaúcha do chimarrão.
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